terça-feira, 7 de setembro de 2010

Estão Todos Bem (Everybody's Fine) - Dir. Kirk Jones – Robert De Niro, Sam Rockwell, Kate Backinsale, Drew Barrymore – 2009

Frank Goode (De Niro) vive sozinho há oito meses após a morte de sua esposa. Após uma tentativa frustrada de reunir seus quatro filhos em um churrasco, resolve fazer uma surpresa e visitá-los um a um, em diferentes cidades dos Estados Unidos.

Estão Todos Bem aborda a questão das relações de uma família onde o pai detém a figura severa e provedora, e acaba criando uma distância entre os filhos, devido a sua postura rígida e às suas cobranças. Após a morte de sua esposa, perde o contato com os filhos, já que nunca conseguiu atingir um grau de afinidade com eles. Insatisfeito com essa distância, ele inicia uma jornada em busca se suas crianças, como ele mesmo as chama, e acaba aos poucos os descobrindo como adultos, com problemas e questões complexas como qualquer outro adulto, e que ele como pai, não consegue resolver. Esses problemas acabam colocando o personagem principal em dúvida sobre o seu sucesso como pai, já que nenhum de seus filhos conseguiu corresponder ao seu conceito pessoal de sucesso e felicidade, mas nem por isso são infelizes. Estão Todos Bem marca uma investida de Robert De Niro no drama, gênero do qual ele andava meio distante, e no qual ele consegue colocar uma carga emocional em seu personagem que lembra porque é um ator tão premiado. O longa é conduzido de forma muito competente pelo diretor Kirk Jones, que apesar da falta de experiência, consegue entregar uma obra bem feita e convincente, abordando a busca por redenção do personagem principal de uma forma emocionante e comovente, sem apelar para o drama barato. Estão Todos Bem é um filme despretensioso, bem dirigido e bem interpretado, tornando-se uma ótima opção.

3 comentários:

  1. A sinopse me lembrou muitas coisas do "Cerejeiras em flôr". Filme muito bonito que mostra a distância entre um pai e seus filhos.

    ResponderExcluir
  2. Thanks! E Calote, assiste e vê se concorda, vale a pena... Outra coisa que vale a pena reparar é como o conceito de felicidade varia entre os personagens.

    ResponderExcluir