Mickey Rourke vive um lutador de luta-livre já no final da carreira, que luta contra idade e o corpo cansado, e que ao sofrer um ataque cardíaco, é obrigado a tentar viver uma vida normal, e isso o obriga a enfrentar a solidão e o abandono, fruto de uma vida de excessos e irresponsabilidades.
Este longa ganhou uma notoriedade graças à atuação de Mickey Rourke no papel do decadente lutador Randy “The Ram” Robinson , personagem cuja a trajetória traça um inegável paralelo com a vida do próprio Rourke, hoje com 56 anos e e dono de um rosto quase caricato após tantas plásticas e de um corpo deformado por esteróides. Este tipo de redenção costuma ser premiada em Hollywood, e lhe rendeu uma indicação ao Oscar. No mais, filme tem planos muito interessantes onde o diretor coloca a camera caminhando às costas do personagem em diferentes situações, evidenciando assim o contraste entre a vida dentro e fora dos ringues. Além disso, o roteiro tem algumas sequências interessantes, mas por explorar um assunto já um pouco batido, a decadência de grandes atletas que após uma vida relativamente gloriosa, terminam seus dias sozinhos e abandonados, acaba caminhando para um final um pouco previsível. Se não fosse a presença de Rourke e da excelente Marisa Tomei, “O Lutador” passaria bem mais desapercebido.
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